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| Julgamento de Man Genas e esposa agita Luanda — saiba o que pediu o ex-ministro Eugénio Laborinho. |
Caso Man Genas: Ex-ministro Eugénio Laborinho exige mais de 10 milhões de kwanzas e oito anos de prisão para casal acusado
Luanda, 12 de agosto de 2025 — O Tribunal de Comarca de Luanda iniciou o julgamento de Gelson Emanuel Quintas, conhecido como “Man Genas”, e da sua esposa, Clementina Suzete.
O casal é acusado pelo ex-ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, pelos crimes de calúnia e difamação.
A audiência marca um novo capítulo num caso que já se arrasta há mais de um ano e que envolve acusações graves ligadas a alegados esquemas ilícitos e ataques à honra.
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| Eugénio Laborinho ex ministro do interior |
Acusação: Pedido de prisão e indemnização milionária
Durante a sessão, Eugénio Laborinho solicitou uma pena de prisão não inferior a oito anos para cada um dos arguidos.
Além disso, exigiu uma indemnização total superior a 10 milhões de kwanzas — sendo pelo menos 5,5 milhões por pessoa — como compensação pelos danos morais alegadamente sofridos. Segundo o ex-ministro, as declarações públicas de “Man Genas” e da sua esposa teriam causado danos irreparáveis à sua imagem e reputação.
Antecedentes do caso e detenção do casal
O processo teve início em janeiro de 2024, quando “Man Genas” e Clementina Suzete foram detidos sob suspeita de associação criminosa, calúnia, ameaça e instigação pública.
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e meios de comunicação, dada a notoriedade dos envolvidos e o peso das acusações.
Defesa de “Man Genas” em tribunal
Na sua intervenção perante o tribunal, “Man Genas” afirmou não conhecer pessoalmente o ex-ministro e negou qualquer intenção de difamar.
Ele declarou que apenas utilizou o nome de Laborinho em denúncias relacionadas ao tráfico de drogas, devido à sua discordância com declarações anteriores do ex-ministro, que negava o envolvimento da Polícia Nacional em tais práticas.
O arguido acrescentou ainda ter recebido informações de terceiros que apontariam o ex-ministro como um dos líderes, referindo-se a ele como “pai grande” no suposto esquema.
Implicações jurídicas e debate público
O caso levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão e as consequências legais de acusações sem provas documentadas.
Juristas ouvidos pela imprensa defendem que este julgamento poderá servir como precedente para processos de calúnia envolvendo figuras públicas em Angola.
Por outro lado, ativistas de direitos humanos alertam para a importância de garantir que a justiça não seja usada como instrumento de intimidação contra críticos do poder.
Próximos passos no julgamento
As próximas sessões deverão contar com a apresentação de provas documentais, depoimentos de testemunhas e análises periciais.
A sentença poderá definir não apenas o futuro do casal acusado, mas também influenciar a forma como casos semelhantes serão tratados no sistema judicial angolano.
Opinião pública dividida
Nas redes sociais, o julgamento tem gerado debates acalorados.
Parte da população exige punição exemplar para quem acusa sem provas, enquanto outra parte defende que a liberdade de expressão deve permitir denúncias, mesmo contra figuras de alto escalão, sem que isso resulte em prisão.
Conclusão
O “Caso Man Genas” continua a atrair a atenção nacional, não apenas pelo peso das acusações, mas também pelo impacto que poderá ter no equilíbrio entre liberdade de expressão e proteção da reputação.
O desfecho do processo será aguardado com expectativa pela sociedade angolana.



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