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| Descubra o escândalo dos altos salários na BODIVA e entenda por que a remuneração da presidente está causando indignação em Angola. |
Controvérsia Pública sobre Altos Salários na BODIVA em Meio ao Contexto Socioeconômico de Angola
A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) tem sido foco de intensa atenção e debate público em 2025 devido aos elevados salários pagos a seus dirigentes, em particular à sua presidente, Cristina Giovannia Dias Lourenço, filha do Presidente da República.
O tema ganha especial relevância considerando o contexto de elevada pobreza e tensão social no país. Esta matéria analisa os números, as reações e o cenário contextual dessa controvérsia.
Remuneração dos Dirigentes na BODIVA: Dados Recentes
Segundo o balancete financeiro do segundo trimestre de 2025, a presidente da BODIVA aufere cerca de 181,66 milhões de kwanzas mensais, valor que equivale a aproximadamente 170 mil euros. Sob sua liderança, os salários de todos os membros do Conselho de Administração foram majorados em média 121%, elevando os custos totais com pessoal para 1,464 mil milhões de kwanzas, valor que supera a receita da instituição no mesmo período, que foi de 965 milhões de kwanzas.
Além da presidente, 13 membros dos órgãos sociais receberam, juntos, um total de 545,3 milhões de kwanzas no trimestre, o que representa um aumento adicional de quase 300 milhões de kwanzas comparado ao trimestre anterior.
Este aumento médio por membro foi de cerca de 19 milhões de kwanzas, impulsionando os custos que cresceram mais de 65% em três meses.
Contexto Socioeconômico e Reações Públicas
O aumento expressivo dos salários ocorre em um momento em que mais de 30% da população angolana vive abaixo da linha da pobreza, com crises alimentares e manifestações sociais frequentes contra o alto custo de vida.
A notícia gerou forte indignação pública e manifestações críticas, principalmente pelo fato da presidente da BODIVA ser filha do chefe de Estado, o que alimenta uma percepção de desigualdade e favorecimento.
Especialistas e ativistas enfatizam o contraste entre o alto poder aquisitivo dos dirigentes da BODIVA e a realidade econômica da maioria da população angolana. A controvérsia reacende também debates anteriores sobre transparência e justiça social no setor público e financeiro do país.
Defesas e Justificativas da BODIVA e Setores Relacionados
Em resposta às críticas, representantes da BODIVA destacam que os aumentos salariais correspondem a ajustes previstos para atrair e reter profissionais qualificados, necessários para o desenvolvimento do mercado financeiro angolano, ainda em fase de consolidação.
A instituição também informou estar passando por auditoria externa, com relatório a ser publicado em breve para garantir transparência.
Alguns analistas do setor apontam que, apesar dos altos salários, a BODIVA precisa de uma equipe capacitada para alavancar o mercado de capitais local, que tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, e que o pagamento está alinhado com padrões internacionais para cargos similares em outras bolsas.
Implicações para o Mercado Financeiro Angolano
A controvérsia influencia a percepção pública sobre a BODIVA e, potencialmente, a confiança no mercado financeiro angolano.
Enquanto a bolsa tem apresentado lucros e planos ambiciosos, incluindo a venda de parte de seu capital e a listagem de grandes empresas estatais, questões de governança corporativa e responsabilidade social são destacadas como fundamentais para o fortalecimento sustentável do setor.
Para muitos observadores, o equilíbrio entre remuneração justa e sensibilidade ao contexto social será crucial para a credibilidade e expansão do mercado financeiro em Angola.


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