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| Governantes e magistrados do MPLA estão sendo vítimas de fraudes digitais milionárias. Entenda os riscos e como se proteger contra esses golpes. |
Governantes e Magistrados do MPLA são alvos de Fraudes Digitais milionárias em Angola
Uma onda preocupante de fraudes digitais tem atingido membros do governo angolano, magistrados e figuras políticas do MPLA, resultando em prejuízos milionários em kwanzas.
Especialistas alertam que altos cargos públicos e políticos são os alvos preferenciais desses crimes, devido ao seu elevado poder aquisitivo e exposição.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) está intensificando as investigações para conter esses ataques e proteger os agentes públicos e suas finanças.
Alvos de Fraudes Digitais: Quem são os Membros do Governo e Figuras do MPLA Afetados?
Nos últimos episódios, três ministros em exercício, dois magistrados judiciais e seis figuras políticas do MPLA foram vítimas de golpes cibernéticos que lhes causaram perdas milionárias.
Entre as pessoas afetadas estão nomes ligados diretamente ao Executivo e ao sistema judicial, conforme fontes ligadas aos órgãos de investigação do Ministério do Interior (MININT).
Embora por questões legais e éticas os nomes completos não tenham sido divulgados oficialmente, fontes indicam que as vítimas incluem ministros chave com cargos relevantes na administração pública, bem como juízes de destaque na magistratura.
O objetivo dos fraudadores são contas bancárias associadas a aplicativos como BAI Directo e Multicaixa Express, que são usados para movimentação financeira digital em Angola.
Modus Operandi dos Criminosos Digitais contra Autoridades do MPLA
Os fraudadores aplicam técnicas de engenharia social, enviando falsos formulários de atualização de aplicativos bancários via WhatsApp, conforme alertado pelo SIC.
Eles se fazem passar por funcionários de bancos renomados e empresas públicas para enganar as vítimas e conseguir acesso a dados sensíveis, como códigos de autenticação e senhas.
Em muitos casos, sequestram as contas de redes sociais das vítimas para reforçar a credibilidade dos golpes, aumentando o prejuízo com extorsões e furtos bancários. Os valores desviados chegam a vários milhões de kwanzas, tornando essas fraudes um problema sério para a estabilidade financeira dos membros do governo e líderes do MPLA.
Resposta das Autoridades e Medidas de Combate à Fraude Digital
O superintendente-chefe do Serviço de Investigação Criminal, Manuel Halaiwa, declarou que há mais de 20 falsários sendo monitorados em relação a essas fraudes digitais, e que o SIC está adotando medidas repressivas para coibir esses crimes.
Houve ainda um alerta para toda a população, especialmente a integrantes do governo e magistratura, para que não atendam chamadas suspeitas nem forneçam códigos de acesso para terceiros.
Analistas políticos, como Rui Kandov e Nelson Francisco, criticam a vulnerabilidade dos agentes públicos, associada muitas vezes à ostentação financeira, e defendem um maior apetrechamento das instituições para prevenir e combater esse tipo de crime digital.
Contexto das Fraudes em Angola e Impacto no MPLA
Essa onda de fraudulentos digitais se soma a um cenário preocupante de desvios e corrupção já denunciados em Angola, incluindo casos de milhões de kwanzas desaparecidos em órgãos públicos, como a Administração Geral Tributária (AGT) e o Instituto Nacional de Gestão de Bolsa de Estudos (INAGBE).
Críticos questionam a eficácia das campanhas anti-corrupção e denunciam que mesmo partidos no poder, como o MPLA, são beneficiários desses esquemas ilegais.
Isaías Samakuva, líder da UNITA, já afirmou que o MPLA é um dos principais beneficiários dos desvios e fraudes, embora seus membros ainda não tenham sido formalmente constituídos arguidos nesses processos.
Orientações para Prevenção e Segurança Digital para Membros do Governo e Magistrados
Especialistas recomendam cautela redobrada no uso de aplicativos bancários e redes sociais, especialmente para autoridades com alto perfil.
Medidas como a não abertura de links suspeitos, a verificação direta com bancos em caso de solicitações de dados e a atualização constante dos sistemas de segurança são fundamentais para reduzir os riscos.
Além disso, órgãos de segurança pública prometem intensificar campanhas educativas para o público em geral, visando destacar os principais golpes digitais e as formas de se proteger deles.
Medidas recomendadas para proteção de autoridades e instituições
- Autenticação reforçada: uso de autenticação multifator (MFA) suficientemente robusta, preferencialmente com chaves físicas ou apps dedicados de autenticação.
- Verificação por canais distintos: confirmar transações e pedidos sensíveis por via telefónica oficial ou reunião presencial, evitando respostas imediatas a e-mails ou SMS não verificados.
- Treino contínuo: formação obrigatória em segurança digital para funcionários e titulares de cargos públicos, com simulacros de phishing e atualizações periódicas.
- Auditorias externas: submeter sistemas financeiros e comunicações institucionais a auditorias independentes para identificar vulnerabilidades.


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