![]() |
| Angola enfrenta uma grave crise social após aumento dos combustíveis. Saiba tudo sobre os protestos, violência, resposta do governo e o apelo da ONU. |
Protestos e Crise dos Combustíveis em Angola: Mortes, Greves e Repressão
Angola viveu uma das maiores ondas de protestos dos últimos anos após o governo anunciar um aumento significativo nos preços dos combustíveis.
Esse aumento, que faz parte de um plano para eliminar subsídios e ajustar a economia, desencadeou uma greve dos taxistas, confrontos violentos, saques e vandalismo por várias regiões, especialmente em Luanda.
A resposta das forças de segurança resultou em pelo menos 22 mortes, centenas de feridos e mais de mil detenções, enquanto a ONU pediu investigações sobre possíveis violações de direitos humanos.
Contexto da Crise e Aumento dos Preços dos Combustíveis em Angola
Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo em África, Angola importa combustíveis devido à insuficiência de refinarias internas. Desde 2023, o governo vem reduzindo gradualmente os subsídios aos combustíveis, culminando em um aumento de até 47% no preço do diesel em 2025, tentando aliviar a pressão fiscal sobre as finanças públicas.
Greve dos Taxistas e Início dos Protestos em Luanda
A Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) convocou uma greve de três dias em protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis, especialmente pelo impacto direto nas tarifas do transporte público informal conhecido como “candongueiros”. A paralisação desencadeou uma onda de manifestações que rapidamente se espalhou para bairros de Luanda como Viana, Cazenga, Benfica e Kilamba, e para outras províncias, com saques e atos de vandalismo.
Violência, Mortes e Detenções Durante os Tumultos
Nos confrontos com as forças de segurança, contabilizaram-se pelo menos 22 mortos, incluindo civis e um policial, além de cerca de 197 feridos e mais de 1.200 detidos em Luanda e outras províncias. O uso da força pela polícia foi alvo de críticas por parte da população e organizações internacionais, que relatam até tiros indiscriminados contra manifestantes, em especial jovens que participaram dos protestos.
Resposta do Governo e Declarações do Presidente João Lourenço
Enquanto o presidente João Lourenço agradeceu o trabalho das forças de segurança, ele não mencionou diretamente o aumento dos combustíveis nem anunciou medidas específicas para a crise. O governo, entretanto, buscou controlar a situação com presença policial reforçada e procedimentos legais contra os manifestantes detidos.
Pedido da ONU por Investigações sobre Violações de Direitos Humanos
A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou investigações independentes sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas durante a repressão às manifestações. O apelo reforça a necessidade de transparência e respeito aos direitos civis no enfrentamento das crises sociais decorrentes da política econômica.
Impactos Sociais e Econômicos da Crise dos Combustíveis em Angola
O aumento dos preços dos combustíveis elevou o custo de vida, repercutindo diretamente no preço da cesta básica e do transporte, agravando a situação de milhares de angolanos. A revolta popular reflete a insatisfação generalizada com a economia e a falta de respostas governamentais eficazes para políticas sociais e proteção à população vulnerável.
Perspectivas e Necessidade de Diálogo Nacional
O cenário vivido em Angola mostra a urgência de diálogo entre governo, sociedade civil e setores produtivos para enfrentar os desafios da crise econômica.
A paz social depende da elaboração de políticas que conciliem a sustentabilidade fiscal e o bem-estar das populações, evitando que mais vidas sejam perdidas em confrontos.


Fique por dentro das dicas práticas sobre finanças, investimentos como economizar dinheiro, receitas fáceis, saúde, notícias e celebridades. Aprenda a melhorar sua vida diariamente! Aprender a economizar