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| Mais medo, menos confiança — o retrato real de Portugal em 2025. |
Portugal: Sensação de Insegurança Aumenta — 1 em Cada 3 Portugueses Teme Ser Vítima de Assalto ou Agressão
Choque e preocupação. Um novo estudo nacional revela que o sentimento de insegurança está a crescer em Portugal. Cada vez mais cidadãos dizem sentir medo de ser vítimas de assaltos, agressões ou outros crimes no seu quotidiano.
E embora os números oficiais indiquem uma criminalidade estável, a percepção pública mostra um cenário bem diferente.
O tema gera debate: o que está a causar esta crescente sensação de insegurança? É a realidade que mudou ou a forma como a percebemos? Esta reportagem aprofunda as causas, consequências e soluções possíveis para um dos assuntos que mais inquieta os portugueses.
Um País que se Sente Menos Seguro
De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) e de um inquérito encomendado pelo Observatório de Segurança Interna, cerca de 33% da população portuguesa afirma ter medo de ser vítima de um crime violento — seja um assalto na rua, um furto em casa ou uma agressão física.
Apesar de a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna reportar uma redução ligeira da criminalidade participada, a percepção de insegurança disparou. Em particular, nas grandes áreas urbanas como Lisboa, Porto e Setúbal, o sentimento de vulnerabilidade é mais evidente.
Fatores que Alimentam o Medo
Vários especialistas em criminologia e sociologia apontam três causas principais para esta discrepância entre números e percepções:
- Exposição mediática: o aumento da cobertura de crimes violentos nas redes sociais e nos noticiários cria uma sensação de que a violência é mais frequente.
- Problemas socioeconómicos: inflação, desemprego e desigualdade agravam tensões sociais e geram maior insegurança subjetiva.
- Desconfiança nas instituições: uma parte da população sente que as autoridades são lentas ou ineficazes no combate à criminalidade.
O Impacto Psicológico e Social da Insegurança
O medo constante altera o comportamento das pessoas. Há quem evite sair à noite, estacionar em certas zonas ou usar transportes públicos em horários tardios. Segundo a psicóloga social Teresa Duarte, “a percepção de insegurança gera isolamento, ansiedade e perda de confiança na comunidade”.
Esta tendência é especialmente notória entre os idosos e as mulheres, que relatam maior receio de andar sozinhos na rua. Para muitos, a insegurança tornou-se parte silenciosa do dia a dia — uma espécie de vigilância permanente.
O Papel da Comunicação Social e das Redes
Vivemos numa era em que a informação circula em segundos. Notícias, vídeos e relatos de violência são amplamente partilhados, muitas vezes sem contexto. Isso alimenta uma sensação de ameaça constante. O criminólogo Rui Costa explica: “Mesmo que as taxas de criminalidade não aumentem, a exposição contínua a notícias sobre crimes cria uma percepção de risco muito superior à realidade.”
Esta dinâmica é reforçada pelas redes sociais, onde vídeos de assaltos ou brigas se tornam virais rapidamente, ampliando o medo coletivo.
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Medo e Realidade: O Que Dizem os Dados
Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), o número de crimes violentos e graves em Portugal manteve-se estável nos últimos anos. No entanto, o sentimento de insegurança aumentou em quase todas as regiões. Este contraste levanta uma questão essencial: o medo é racional ou emocional?
Especialistas concordam que a percepção pública nem sempre reflete os dados objetivos. Mas, para as pessoas, o medo é real — e tem consequências concretas, desde a mudança de rotinas até ao aumento da desconfiança entre vizinhos.
Medidas do Governo e das Forças de Segurança
O Ministério da Administração Interna tem procurado reforçar o policiamento de proximidade e investir em novas tecnologias de vigilância. O objetivo é claro: aumentar a presença policial visível e restaurar a confiança pública.
Projetos-piloto de videovigilância em espaços públicos, como em Lisboa e Porto, estão a ser avaliados. No entanto, há quem questione a eficácia destas medidas e alerte para a necessidade de políticas sociais que ataquem as causas estruturais da insegurança.
O Que os Portugueses Querem Sentir: Proteção e Transparência
Mais do que estatísticas, os cidadãos querem sentir-se protegidos. Querem ver resultados, respostas rápidas e uma comunicação transparente das autoridades. Quando há confiança, o medo tende a diminuir.
Organizações como a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) e a GNR têm reforçado campanhas de sensibilização para encorajar a denúncia e a prevenção de crimes.
Conclusão
Portugal continua a ser um dos países mais seguros da Europa em termos estatísticos. No entanto, a sensação de insegurança está a crescer — e isso não pode ser ignorado. A solução não está apenas em mais policiamento, mas em restaurar a confiança social, investir na educação cívica e garantir que todos sintam o direito básico à tranquilidade.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Portugal está realmente mais perigoso?
Os dados oficiais não indicam aumento significativo da criminalidade, mas a percepção pública de insegurança cresceu, sobretudo nas grandes cidades.
Quais são os crimes que mais preocupam os portugueses?
Assaltos, furtos em residências e agressões físicas são os mais citados nos inquéritos de opinião.
O que o governo tem feito para combater o problema?
Foram reforçados os programas de policiamento de proximidade, campanhas de sensibilização e sistemas de videovigilância em zonas críticas.
Como posso proteger-me melhor?
Evite zonas isoladas à noite, mantenha-se atento, e reporte sempre atividades suspeitas às autoridades. A prevenção continua a ser a melhor defesa.
Este artigo faz parte de uma série especial sobre segurança e confiança pública em Portugal. Acompanhe mais no Portal Mundo Time.


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