Por que Gabriel Mithá Ribeiro saiu do Chega? André Ventura revela o verdadeiro motivo

Ana Fernandes
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Imagem de dois homens políticos em um evento, um deles com expressão séria e o outro falando em uma coletiva, ambos usando terno e gravata
Entre princípios e ambições: Ventura lança farpas a Mithá Ribeiro e reacende o debate sobre lealdade na política portuguesa

André Ventura critica Gabriel Mithá Ribeiro: “Quem busca cargos não pertence ao Chega”

Lisboa, 18 de outubro de 2025 — O líder do partido Chega, André Ventura, voltou a gerar debate político ao afirmar que Gabriel Mithá Ribeiro abandonou o partido por não ter conseguido o cargo que ambicionava. 

Segundo Ventura, a saída do antigo vice-presidente da Assembleia da República demonstra uma falta de alinhamento com os princípios do movimento.

Quem está mais preocupado com lugares do que com princípios, não pertence ao nosso movimento”, declarou Ventura num discurso recente, sublinhando que a verdadeira lealdade política deve estar ao serviço da causa e não de ambições pessoais. 

A afirmação provocou reações intensas tanto entre militantes do partido como entre observadores da política nacional.

O que motivou a saída de Gabriel Mithá Ribeiro

Gabriel Mithá Ribeiro, conhecido pelo seu discurso conservador e pela defesa de valores patrióticos, foi uma das figuras mais mediáticas do Chega. 

A sua relação com André Ventura deteriorou-se ao longo dos últimos meses, culminando no seu afastamento. Segundo fontes próximas, Mithá Ribeiro sentiu-se desvalorizado dentro da estrutura partidária e acreditava merecer um papel de maior destaque.

Por outro lado, Ventura sustenta que o partido deve manter uma linha disciplinada e coerente: “Não há espaço para vaidades pessoais num projeto que pretende mudar Portugal”, afirmou. 

Esta posição reflete a estratégia do líder do Chega de reforçar a imagem de unidade e firmeza ideológica dentro da organização.

Reações políticas e impacto interno

A saída de Mithá Ribeiro pode representar um ponto de viragem dentro do partido. Alguns analistas acreditam que a ruptura expõe tensões internas e disputas de poder, enquanto outros consideram que a decisão de Ventura reforça o seu controlo sobre o Chega. 

O politólogo Miguel Santos explica que “Ventura está a consolidar a sua autoridade e a afastar perfis que possam rivalizar com ele.”

Entre os militantes, as opiniões dividem-se. Há quem veja em Mithá Ribeiro um símbolo de coerência e quem o acuse de ter abandonado o partido num momento crucial. 

Nas redes sociais, a polémica gerou milhares de interações, refletindo o interesse público em torno das dinâmicas internas do Chega.

O papel da lealdade e dos princípios na política portuguesa

A discussão levantada por este episódio vai além do Chega e levanta questões sobre a natureza da lealdade política em Portugal. 

Muitos eleitores consideram que os partidos se tornaram plataformas de ambição pessoal, enquanto outros defendem que é legítimo aspirar a posições de poder desde que se mantenha a coerência ideológica.

Ventura, por sua vez, tem procurado construir a imagem de um partido de “valores e princípios”, em contraste com o que classifica como a “classe política tradicional”. 

A sua narrativa centra-se na ideia de que o Chega representa o “povo português contra o sistema”. A crítica a Mithá Ribeiro encaixa-se neste discurso de pureza ideológica e combate à vaidade política.

Análise: o impacto estratégico desta rutura

Do ponto de vista estratégico, a saída de Gabriel Mithá Ribeiro pode ter efeitos mistos

A curto prazo, o Chega pode beneficiar de uma imagem de liderança forte e disciplinada. 

No entanto, a médio prazo, poderá perder uma figura que dava credibilidade intelectual e diversificar o discurso do partido.

Além disso, este episódio pode afetar a percepção pública sobre a coesão interna do Chega, um partido que, desde a sua fundação, tem sido marcado por divisões e saídas de membros proeminentes. 

Ainda assim, Ventura continua a ser uma das figuras mais populares à direita do espectro político, sustentando o crescimento do partido nas sondagens.

Conclusão

O confronto entre André Ventura e Gabriel Mithá Ribeiro expõe mais do que uma divergência pessoal: revela as tensões estruturais entre ambição individual e fidelidade partidária. 

À medida que o Chega se consolida como força política relevante, os desafios internos tornam-se inevitáveis. 

O futuro mostrará se a estratégia de Ventura de priorizar a lealdade sobre as ambições pessoais fortalecerá ou enfraquecerá o partido.

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Resumo

André Ventura acusou Gabriel Mithá Ribeiro de ter deixado o Chega por motivos pessoais e não por divergências ideológicas. 

O caso reflete as tensões internas do partido e levanta debates sobre lealdade, ambição e coerência política.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Por que Gabriel Mithá Ribeiro saiu do Chega?
Segundo André Ventura, a saída ocorreu por descontentamento em relação a cargos internos. Já Mithá Ribeiro alegou falta de reconhecimento e desacordo com a direção do partido.
Qual foi a reação pública à declaração de Ventura?
A opinião pública dividiu-se. Parte dos apoiantes do Chega defendeu Ventura, enquanto críticos viram na sua fala um sinal de autoritarismo e intolerância à divergência.
Que impacto esta rutura pode ter no partido?
A curto prazo, reforça a imagem de liderança firme de Ventura; a longo prazo, pode reduzir a diversidade interna e gerar novas cisões.


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