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Mulheres iranianas livres antes da Revolução de 1979 – Teerã |
Antes de 1979, o Irã era uma sociedade em transformação, moderna e conectada ao Ocidente. Conheça como era a vida no país antes da revolução islâmica.
Um país moderno no coração do Oriente Médio
Durante as décadas de 1960 e 1970, o Irã passava por um acelerado processo de modernização, especialmente sob o governo do xá Mohammad Reza Pahlavi. As cidades tinham cinemas, shoppings, cafés ao estilo europeu e uma classe média crescente que vivia com conforto e liberdade.
As mulheres iranianas e a liberdade de escolha
Mulheres podiam estudar, trabalhar, usar roupas ocidentais e frequentar universidades. A presença feminina era marcante em áreas como medicina, engenharia e moda. Em Teerã, era comum ver mulheres dirigindo carros e liderando negócios, algo impensável após a revolução.
Educação, cultura e estilo de vida
As escolas seguiam modelos ocidentais, com forte incentivo ao ensino de inglês e francês. A cultura pop iraniana era vibrante, com artistas influenciados por cantores europeus e americanos. O Irã tinha canais de TV coloridos, revistas de moda e uma vida noturna ativa.
Influência do Ocidente e política internacional
O país mantinha relações próximas com os EUA, Reino Unido e Alemanha. Marcas como Pepsi, IBM e Levi's estavam presentes no mercado. O Irã era visto como um parceiro estratégico e uma potência emergente no Oriente Médio.
O choque cultural e o início da revolução
Apesar do progresso, parte da população, especialmente em áreas mais tradicionais, via a modernização como uma ameaça à identidade islâmica. O aumento da desigualdade e o autoritarismo do xá alimentaram movimentos religiosos e sociais que culminaram na revolução de 1979, liderada pelo aiatolá Khomeini.
Modernização e Ocidentalização: O Irã do Xá
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homens conviviam livremente nas ruas de Teerã, refletindo um Irã moderno e plural antes da revolução. |
Durante o governo do xá Mohammad Reza Pahlavi, o Irã passou por uma transformação acelerada. Essa fase ficou conhecida como "Revolução Branca", um conjunto de reformas que pretendiam modernizar o país e integrá-lo ao modelo de desenvolvimento ocidental.
Nas cidades, especialmente na capital Teerã, o cotidiano passou a refletir esse novo estilo de vida. Cafés, cinemas, lojas modernas e eventos culturais faziam parte da rotina urbana.
Era comum ver mulheres usando roupas inspiradas na moda europeia, como saias curtas e blusas sem véu, convivendo naturalmente com outras que preferiam manter os trajes tradicionais.
O vestuário não era imposto pelo Estado, e as pessoas podiam circular de acordo com sua escolha pessoal.
As mulheres também avançaram em direitos civis importantes.
Na década de 1960, conquistaram o direito ao voto e passaram a ocupar posições em universidades e no mercado de trabalho, especialmente em áreas como educação, saúde e administração pública.
A influência do Ocidente era evidente na vida cultural.
Canais de televisão exibiam programas internacionais, as rádios tocavam música pop iraniana e estrangeira, e o consumo de bebidas alcoólicas era permitido nos ambientes sociais.
A vida noturna era agitada, com bares, teatros e festas frequentadas por jovens de classe média e alta.
Essa modernização, no entanto, não era sentida de forma igual por todos. Enquanto parte da população urbana vivia esse momento de abertura e liberdade, muitos nas regiões rurais ainda mantinham valores religiosos conservadores e enfrentavam dificuldades econômicas. Esse contraste acabou alimentando tensões que cresceriam nos anos seguintes.
Conclusão: o Irã que o mundo esqueceu
O Irã antes da revolução era moderno, diverso e promissor. Relembrar essa fase é essencial para compreender os contrastes do país atual. Hoje, o mundo olha para o Irã com outro filtro, mas sua história pré-revolução revela um passado surpreendente e quase esquecido.
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