Corrupção na Justiça: Eduarda Rodrigues e a Tentativa de Apropriação Indébita de 360 Milhões!

Eduarda Rodrigues, ex-diretora do SENRA, durante participação em evento da Procuradoria-Geral da República de Angola, 2022.

Crise Judicial: Ex-Diretora do SENRA Acusada de Tentativa de Apropriação Indevida de Milhões

A ex-diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos (SENRA) da Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduarda Passos de Carvalho Rodrigues Neto", enfrenta acusações sérias por tentar apropriar-se de "360 milhões de dólares pertencentes ao empresário Carlos Manuel São Vicente.

Proposta Feita na Prisão

Denúncias reveladas por fontes próximas ao processo indicam que Eduarda Rodrigues visitou pessoalmente a prisão de Viana, onde São Vicente está detido. Durante essa visita, ela teria proposto que o empresário cedesse "40% dos 900 milhões de dólares" bloqueados na Suíça em troca de sua libertação .

Detalhes da Proposta

Desse montante, "360 milhões de dólares" seriam destinados ao Estado, com uma parte supostamente beneficiando procuradores envolvidos. Essa manobra teria como base uma lei de 2019 que permite a retenção de até "10% dos ativos recuperados" por magistrados. A proposta foi feita sob pressão, com ameaças relacionadas à saúde do empresário — que sofre de diabetes e hipertensão — e sem a presença dos seus advogados.

Outras Acusações Contra Eduarda Rodrigues

Além das alegações principais, a ex-diretora do SENRA é acusada de estar envolvida em esquemas adicionais, incluindo a manipulação de ativos apreendidos e falsas promessas relacionadas à delação premiada. Um caso emblemático é o do ex-diretor do GRECIMA, "Manuel António Rabelais", que teria devolvido bens ao Estado acreditando que seria beneficiado judicialmente — promessa essa que nunca se concretizou.

Reações e Repercussão

O caso gerou grande repercussão em Angola e está sendo monitorado atentamente por organizações da sociedade civil e observadores internacionais. As graves acusações contra uma figura central no combate à corrupção levantam sérias dúvidas sobre a integridade das instituições encarregadas da aplicação da justiça no país.