Imigrantes dormem na rua em Portugal para conseguir senha de atendimento

Imigrantes aguardam por dias nas filas em Lisboa e Porto para obter documentos; muitos dormem na rua sem assistência adequada.

Imigrantes em Portugal dormem na rua desde domingo para conseguir senha

Longas filas nos serviços consulares em Lisboa e Porto

Desde o último domingo, centenas de imigrantes têm enfrentado noites ao relento à porta da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa e no Porto, na esperança de conseguir uma senha para atendimento. 

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Os serviços têm capacidade limitada, atendendo apenas entre 30 a 60 pessoas por dia, o que leva muitos a pernoitarem nas filas para garantir atendimento. 

Busca por certificado de registo criminal

A maioria dos imigrantes procura obter o certificado de registo criminal, documento essencial para iniciar o processo de legalização junto da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). 

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Sem este documento, não é possível renovar a autorização de residência ou permanecer legalmente no país. 

Condições precárias e solidariedade local

As condições enfrentadas pelos imigrantes são precárias, com muitos dormindo em cima de cartões e improvisando listas para manter a ordem na fila. 

No Porto, comerciantes locais têm demonstrado solidariedade, distribuindo água e bolachas aos que aguardam atendimento. 

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Uma lavandaria chegou a abrir as portas durante a noite para abrigar famílias com crianças. 

Resposta das autoridades

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) atribui a situação ao aumento da procura e ao encerramento temporário de alguns serviços em Lisboa. 

O ministério afirma estar a trabalhar numa solução a curto prazo, tendo já alargado o horário de atendimento e reforçado os meios humanos nos serviços consulares. 

Impacto nas comunidades imigrantes

A situação tem gerado preocupação entre as comunidades imigrantes, especialmente entre os angolanos, que representam uma grande parte dos que aguardam atendimento. 

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A falta de acesso ao certificado de registo criminal impede a regularização da situação legal de muitos, colocando em risco a sua permanência em Portugal. 

Conclusão

A crise nos serviços consulares portugueses evidencia a necessidade de melhorias no atendimento aos imigrantes, garantindo condições dignas e acesso eficiente aos documentos essenciais para a sua legalização. 

A solidariedade demonstrada por membros da comunidade local destaca a importância do apoio mútuo em tempos de dificuldade.