Quem será o próximo papa e como ele é escolhido?

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Montagem criativa de estátuas de um líder religioso em tons de rosa, com elementos gráficos como setas e símbolos questionáveis, explorando a arte e a fé.
Cardeais participando de uma missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, antes do início do conclave de 2013, convocado após a renúncia de Bento XVI

 

O Próximo Papa Como Ele É Escolhido?


A Saúde do Papa Francisco

Após se recuperar de uma pneumonia dupla que o manteve hospitalizado por mais de um mês, o Papa Francisco voltou a exercer suas funções públicas. Aos 88 anos, ele é o papa mais velho em mais de um século e enfrenta "várias doenças", levantando preocupações sobre sua resistência e capacidade de liderar. 

Em seu livro de memórias, "Vida: Minha História Através da História", Francisco revelou que nunca considerou abdicar como fez seu antecessor, Bento XVI, embora tenha assinado uma declaração para renunciar caso suas condições de saúde o impedissem de cumprir suas funções.

Preparativos para a Transição

Embora sua saúde seja considerada estável, preparativos discretos já estão em andamento para a transição da Igreja Católica. 

O momento de escolher um sucessor é inevitável e traz à tona questões sobre a continuidade da liderança papal.

O Processo de Escolha do Novo Papa

Os rituais que cercam a sucessão papal têm raízes históricas profundas, mas foram modernizados nos últimos anos. Um novo guia online foi criado por jornalistas e pesquisadores católicos, detalhando informações sobre os cardeais que participarão da escolha do próximo pontífice.

O "Relatório do Colégio de Cardeais" apresenta um panorama dos 252 cardeais, incluindo suas posições sobre temas controversos como a ordenação de diaconisas e a bênção de uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Desses, 137 cardeais têm menos de 80 anos e são elegíveis para participar do conclave.

O Processo Secreto

Após a morte ou renúncia de um papa, os cardeais se reúnem na Capela Sistina, onde prestam juramento de sigilo e ficam isolados do mundo exterior. Durante esse período, discutem os méritos dos candidatos potenciais. Embora campanhas abertas sejam proibidas, o processo é altamente político.

A votação é realizada através de escrutínios secretos, onde cada cardeal escrevendo um nome em um pedaço de papel. Para que um cardeal seja eleito, é necessária uma maioria de dois terços dos votos; se o número de eleitores não for divisível por três, um voto adicional é necessário.

O Processo do Conclave: Escolhendo o Novo Papa

Quatro Rodadas de Escrutínio Diárias

Durante o conclave, cardeais se reúnem diariamente para realizar quatro rodadas de votação até que um candidato obtenha a maioria necessária. As cédulas são queimadas após cada sessão, liberando fumaça visível do lado de fora. Fumaça preta indica que não houve consenso, enquanto fumaça branca sinaliza a escolha de um novo papa.

O Que é o Conclave?

O conclave é formado por cardeais que constituem "o eleitorado mais poderoso do mundo" em termos de influência, conforme destacado pelo Financial Times. 

O Papa Francisco, sendo o primeiro papa não europeu desde o século VIII, moldou significativamente a composição deste conclave. Dos 138 cardeais com menos de 80 anos, a maioria foi nomeada por ele, segundo a revista America.

Limites Técnicos e Realidade

Embora o número total de eleitores deva ser limitado a 120, Francisco não é o primeiro papa a ultrapassar essa cifra. 

A maioria dos cardeais terá pouco conhecimento sobre os potenciais candidatos antes do conclave, como aponta o Relatório do Colégio de Cardeais. Diferente das eleições políticas, onde os candidatos são amplamente analisados, a escolha do novo papa ocorre em um ambiente mais reservado.

O Novo Perfil dos Cardeais

Um pequeno grupo de cardeais curiais trabalha na Cúria Romana para auxiliar o Papa na gestão da Igreja. No entanto, a maioria dos eleitores será composta por arcebispos que servem em dioceses ao redor do mundo. Segundo a revista America, Francisco "revolucionou" o Colégio Cardinalício ao escolher cardeais das periferias em vez de grandes arquidioceses como Los Angeles e Veneza. Isso resultará em um conclave menos italiano e europeu, mas mais asiático e africano.

Apostas sobre o Próximo Papa

As casas de apostas estimam que há 50% de chance de que o próximo papa seja conhecido como "Francisco II". Outros nomes cogitados incluem João Paulo II, Leão XIII e João.

Quem São os Favoritos?

Embora especulações sobre potenciais papas enquanto o atual ainda está vivo sejam consideradas desrespeitosas por muitos comentaristas católicos, inevitavelmente a atenção se volta para os cardeais considerados "papabili".

Diversidade entre os Candidatos

Os favoritos variam amplamente em origens e perspectivas ideológicas, tornando a escolha final do conclave crucial para a direção futura da Igreja. No entanto, a natureza imprevisível do processo — onde os cardeais são mantidos em isolamento durante dias de votação — torna qualquer previsão arriscada. Como afirmado pela US Catholic, eles "rezam muito ao Espírito Santo", que sempre traz surpresas.

Favorito Atual: 

Cardeal Pietro Parolin

O cardeal italiano "Pietro Parolin", de 70 anos e secretário de Estado do Papa Francisco, é considerado o atual favorito para sucedê-lo. Conhecido como um "diplomata consumado", Parolin intermediou importantes acordos internacionais e sua experiência pode ser vista como essencial diante da atual volatilidade geopolítica. Ele conseguiu sobreviver às frequentes mudanças promovidas por Francisco e é visto como um moderado capaz de reparar danos causados por tensões anteriores.

Possíveis Papas: Os Candidatos em Destaque

Cardeal Luis Antonio Tagle: O Favorito Asiático

O "Cardeal Luis Antonio Tagle", de 67 anos, das Filipinas, é amplamente considerado um dos principais papabilis entre os observadores do Vaticano e corretores de apostas. Ele é conhecido por ser "experiente em mídia, carismático e alegre", conforme destacado pela "US Catholic". 

Um Marco na História

Se eleito, Tagle se tornaria o "primeiro papa asiático" e o "primeiro papa verdadeiramente fluente em inglês da história" desde Adriano IV, que ocupou o cargo na década de 1150. Sua habilidade de expressar emoções e seu estilo brincalhão foram elogiados pelo "Relatório do Colégio de Cardeais".

Visões Progressistas

Com uma inclinação política à esquerda, sua perspectiva sobre justiça social é similar à do Papa Francisco, o que pode torná-lo uma escolha popular entre os progressistas da Igreja.

Cardeal Peter Turkson: A Voz da África

O "Cardeal Peter Turkson", de 76 anos, de Gana, é um estudioso bíblico multilíngue conhecido por seu charme e fala mansa. Ele tem sido um favorito nas apostas papais por um longo tempo.

Desafios nas Visões Liberais

Embora suas opiniões sobre homossexualidade, ecologia e justiça social sejam relativamente liberais, isso o coloca em desacordo com alguns colegas cardeais e bispos em Gana. Apesar do entusiasmo pela eleição de um papa africano—num continente onde a população católica está crescendo—Turkson não é visto como um candidato unificador.

Cardeal Péter Erdő: A Escolha Conservadora

O "Cardeal Péter Erdő", de 72 anos, da Hungria, é um acadêmico premiado que representa uma visão mais conservadora em comparação ao atual papa. Considerado uma "escolha consensual", sua experiência sob um regime comunista pode ser valiosa nos dias de hoje.

Uma História de Resiliência

Erdő cresceu em um ambiente desafiador; sua família escapou durante a invasão soviética de 1956. Atualmente, ele supervisiona a Igreja na Hungria enquanto a democracia do país enfrenta desafios sérios.

Cardeal Mykola Bychok: O Novo Candidato Jovem

O "Cardeal Mykola Bychok", de 45 anos, da Ucrânia, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco no ano passado. Ele tem se destacado por sua eloquência ao falar sobre o sofrimento dos ucranianos na atual guerra com a Rússia.

Jovem com Experiência

Embora alguns questionem se Bychok é jovem demais para ocupar o trono de São Pedro, seu papel como líder espiritual para refugiados greco-católicos demonstra sua capacidade de liderança em tempos difíceis. "A história diz que não", comentou Daniel Gallagher, ex-secretário de latim dos Papas Bento XVI e Francisco.


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