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| "Com Trump na Sala Oval, o futuro do Corredor do Lobito está em jogo. Descubra como o financiamento dos EUA e a influência global moldam essa mega obra!" |
Preocupação com o Corredor do Lobito: Trump pode ameaçar financiamento
Promotores e autoridades americanas estão em alerta quanto ao futuro do Corredor do Lobito, um projeto vital que liga Angola à República Democrática do Congo e Zâmbia. Segundo a Bloomberg, há receios de que o novo governo de Donald Trump possa congelar investimentos essenciais, já que a ajuda externa dos EUA está suspensa.
Informantes próximos ao processo revelaram que o financiamento para estudos e serviços técnicos está em risco. O Corredor do Lobito é um dos principais projetos de infraestrutura na África, contando com apoio da Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Em resposta às preocupações, a DFC reafirmou seu compromisso com iniciativas que se alinhem à política externa dos EUA e aos objetivos de segurança nacional da administração Trump. A agência, que surgiu durante o primeiro mandato de Trump para contrabalançar a influência chinesa na África, já aprovou um empréstimo de 553 milhões de dólares para este corredor ferroviário crucial, destinado ao transporte de minerais da RDC e Zâmbia até o porto de Lobito.
USAID e o Corredor do Lobito: Financiamento em Suspenso
A USAID destinou 250 mil dólares para estudos sobre financiamento da renovação da linha ferroviária e solicitou mais 5 milhões para atualizar um estudo de viabilidade. No entanto, um funcionário citado pela Bloomberg revelou que "todos os fundos dos EUA estão bloqueados por tempo indeterminado".
O analista Thomas Scurfield, do Instituto de Gestão de Recursos Naturais, alerta que a estratégia de Trump é "um jogo de adivinhação". Ele destaca que, se os EUA recuarem no apoio às ambições africanas, países como a China e a Arábia Saudita podem se tornar opções mais atraentes para os africanos.
Após a visita do ex-presidente Joe Biden a Angola no final do ano passado, a Trafigura, líder do consórcio responsável pelo Corredor do Lobito, aguarda a liberação da primeira parcela de financiamento dos EUA em março.
Frank Tayali, ministro dos Transportes da Zâmbia, enfatiza que o projeto é crucial para os interesses americanos, mas adverte: "não devemos criar um vácuo que outros queiram preencher", referindo-se à influência crescente da China e dos países do Oriente Médio.
Francisco Franca, presidente da Lobito Atlantic Railway, concessionária do Corredor do Lobito, anunciou que contratos de financiamento para infraestrutura serão assinados nos “próximos meses”, destacando que os investimentos atuais vêm dos acionistas.
O consórcio Ferroviário Atlântico do Lobito, formado pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, recebeu em 2022 a concessão para operar o Corredor por 30 anos. Este projeto inclui o terminal mineral do Lobito e a ferrovia de Benguela, que se estende por mais de 1.300 quilômetros até a RDCongo.
Os empréstimos totalizam 748 milhões de dólares: 553 milhões da DFC dos EUA e 195 milhões do Banco de Desenvolvimento da África Austral (DBSA), além dos 187 milhões investidos pelos acionistas, representando cerca de 20% dos custos totais do projeto, que também conta com financiamento da União Europeia.


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